terça-feira, 31 de agosto de 2010

Educação Profissional: Formação para o trabalho e para a vida

Revista do Brasil - Edição 50
educação
Para o trabalho e para a vida
A concepção de ensino técnico defendida por especialistas, educadores e movimentos sociais no Conselho Nacional de Educação sugere corrigir distorções dos objetivos e da organização desse segmento estratégico para o país
Por: Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual
Publicado em 19/08/2010
Eduardo e Lucas criaram uma prótese para membros inferiores com materiais recicláveis, um dos destaques da Feira Internacional de Ciência e Engenharia (Foto: Juarez Machado)
Uma das bandeiras dos candidatos à Presidência da República, a educação profissional – ou ensino técnico – estará no centro do debate neste mês de agosto. E não é só por causa da campanha eleitoral. Convidados pelo Ministério da Educação (MEC), especialistas e representantes dos professores, dos trabalhadores, dos estudantes e dos movimentos sociais se reuniram para discutir propostas pedagógicas para o setor. As ideias, se apoiadas em uma audiência pública do Conselho Nacional de Educação, prevista para este mês, poderão compor a resolução sobre as Diretrizes para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.
“Esperamos a aprovação para que possamos, enfim, ter uma formação sólida para o mundo do trabalho, e não mais um modelo¬ superficial, ditado pelas regras exclu¬dentes do mercado”, afirma a professora Marise¬ Ramos, pesquisadora da Faculdade¬ de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e integrante da comissão formada pelo MEC.
O mercado, como ela salienta, não deve ser o objeto da formação, mas precisa se relacionar¬ com a educação tecnológica numa perspectiva do desenvolvimento da capacidade produtiva do sujeito – o trabalhador. A educação voltada para atender só ao capital tem conteúdos organizados de maneira superficial, que podem mudar de acordo com o contexto socioeconômico. Já a formação que Marise e os setores progressistas defendem consistiria de uma sólida base científica e tecnológica que fundamentam os processos produtivos e permitem ao trabalhador compreender e assimilar revoluções e inovações que venham a ocorrer.
O educador Almerico Biondi, superintendente de Educação Profissional do governo da Bahia, diz que as diretrizes que ajudou a formular são norteadas pela vinculação entre a educação básica e a profissional e por princípios educativos que respaldem a formação sólida – aquela que desenvolve uma inteligência individual e social, além da profissional. Ou seja, para qualquer ramo de atividade técnica que venha a escolher, o indivíduo precisa ter acesso a um patrimônio pessoal de conhecimento.
“O desenvolvimento social, econômico e ambiental em curso no país exige a formação de técnicos que, mais do que apertar botões, compreendam os fundamentos científicos e tecnológicos do sistema produtivo onde atuam e também o contexto socioeco¬nômico no qual estão inseridos”, sustenta Biondi. O documento, segundo ele, pela primeira vez coloca a formação profissional como direito e é também uma resposta ao atual modelo que, entre outras coisas, culpa o trabalhador pela falta de “capacitação”,¬ por ser inexperiente, ou velho e ultrapassado ou até por morar longe do trabalho e representar mais tempo e custos com transporte.
“Temos de superar a ideologia que obriga os trabalhadores a se adaptar às incertezas de um mercado de trabalho baseado na pedagogia das competências, que preconiza o seu conformismo diante de uma realidade em que somente alguns são empregáveis”, completa Rosana Miyashiro, coordenadora pedagógica da Escola de Turismo e Hotelaria Canto da Ilha, em Florianópolis, ligada à CUT. Para ela, o cenário de crescimento econômico previsto para os próximos anos exigirá uma estratégia de desenvolvimento sustentável,¬ pautada pela cidadania e pela inclusão. “E a educação profissional, ferramenta no processo de ampliação das capacidades do trabalhador, é fundamental”, diz.

Longa história
O modelo de formação profissionalizante brasileiro tem raízes assistencialistas e data de 1840, quando foram criadas nas capitais as chamadas casas de educandos e artífices. Conforme Francisco Cordão, no livro Ensino Médio e Ensino Técnico no Brasil e em Portugal – Raízes Históricas e Panorama Atual, a criação desses espaços, bem como dos “asilos da infância e dos meninos desvalidos”, visava também a redução “da criminalidade e vagabundagem”. Depois de alfabetizados, os menores eram levados para o trabalho em oficinas públicas. Em 1910, o governo construiu 19 escolas profissionalizantes em várias regiões, que até o início de 1940 se limitavam a treinar para tarefas simples, repetitivas, em série.
A Constituição de 1937 previa a existência de escolas vocacionais e pré-vocacionais para as classes pobres, mantidas pelo Estado em colaboração com as indústrias e os sindicatos. O Senai e o Senac surgiram entre 1942 e 1946. Nesse mesmo período, foram definidas as Leis Orgânicas da Educação Nacional, que consolidaram o ensino secundário, normal e superior para “formar as elites condutoras do país” e o profissional para os filhos do operariado, que precisavam ingressar cedo na força de trabalho da industrialização.
Em 1971, quando a política desenvolvimentista dos militares exigia operários que produzissem mais e em tempo menor, o ensino de 1º e 2º graus foi reformado e a educação técnica de nível médio, universalizada. A medida – também para brecar o acesso ao ensino superior – levou à abertura de centenas de cursos, muitos distantes das demandas reais, oferecidos em classes de ensino regular e supletivo, sem instalações adequadas, professores capacitados e tampouco carga horária necessária para habilitar¬ um técnico. Com o fracasso da experiência, essa modalidade voltou a ser restrita às escolas técnicas. “Nos anos 1980, houve um salto de qualidade e o segmento¬ se tornou modelo. Era o chamado ensino de excelência”, afirma Silvia Elena de Lima, secretária-geral do Sinteps, o sindicato dos trabalhadores em escolas técnicas e faculdades de tecnologia estaduais paulistas e co-autora do livro Os (Des)Caminhos da Educação Profissional e Tecnológica no Estado¬ de São Paulo.
Acima da média
Na época, o ensino regular público já perdia investimentos e qualidade. As redes técnicas passaram a atrair os filhos da classe média voltados para o vestibular das universidades públicas já elitizadas. Com o aumento da demanda, foram instituídos os vestibulinhos para ingresso – ou seja, de antemão, os alunos que ingressam nessas escolas já são acima da média. A clientela selecionada, em escolas bem equipadas e com professores concursados, de excelente formação – com no mínimo especialização, e muitos com mestrado e doutorado – acentuou a diferença, que se mantém até hoje.
Dados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, divulgados em julho, mostram o desempenho acima da média dos alunos dessas escolas. Os da Federal do Paraná, campus de Curitiba, obtiveram a primeira colocação não só naquele estado como em toda a região Sul. Na capital paulista, com escolas particulares consideradas top, o Centro Federal ficou em quinto lugar. No Ceará, a melhor média de todo o estado vem de alunos matriculados no ensino técnico mantido pela União.
Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Cláudio Ricardo Gomes de Lima diz que é comum os alunos se destacarem também em competições científicas e matemáticas. “O bom desempenho no Enem se deve à formação que integra as disciplinas acadêmicas desta etapa às de cunho técnico, aos professores bem preparados, à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos que consolidam o aprendizado que privilegia o raciocínio e o conhecimento, e não a decoreba”, explica o gestor.
Outro diferencial dos alunos da rede técnica é participação vitoriosa em mostras estu-dantis de ciência e tecnologia. Em maio, a Feira Internacional de Ciência e Engenharia, maior evento pré-universitário realizado nos Estados Unidos, concedeu 16 prêmios e duas menções honrosas a 11 estudantes brasileiros. Sete deles de escolas técnicas. Karoline Elis Lopes Martins, 18 anos, aluna do curso de Edificações do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais, em Belo Horizonte, recebeu três prêmios, que totalizaram¬ US$ 13 mil, pelo projeto de construção, com garrafas PET, de um canal integrado a um sistema de água e de tratamento de resíduos. Aspirante à graduação em Engenharia Hidráulica, ela sempre quis cursar ensino médio profissionalizante. “As instalações das escolas e a qualidade dos professores são fundamentais na qualidade do ensino”, resume.
A Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo (RS), foi destaque com as premiações de William Lopes, autor de um projeto de utilização de um fungo no tratamento de águas residuais, e de Eduardo Trierweiler Boff e Lucas Strasburg Ferreira, ambos com 18 anos, que projetaram uma prótese para membros inferiores, de baixo custo, a partir de materiais recicláveis. “Acredito que as aulas de metodologia científica me ensinaram muito, principalmente a me organizar e organizar o meu aprendizado”, diz Lucas, que já trabalha numa indústria e se prepara para cursar Engenharia. “O ensino técnico¬ faz muita diferença na vida da gente. Trabalho numa grande empresa onde quase todos foram selecionados na escola em que estudei”, diz o colega Eduardo, hoje graduando¬ em Engenharia.
Adequação
Nos anos 1990, marcados pela desindustrialização e o desemprego, o Estado reduziu a oferta de ensino profissionalizante. Surgiram cursos particulares, superficiais, de curta duração, sobretudo para o setor de serviços, e a iniciativa privada assumiu a requalificação de seus trabalhadores. No final de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional desobrigou a vinculação da educação profissional ao ensino médio. No ano seguinte, com o Decreto 2.208, o governo de Fernando Henrique Cardoso fragmentou a educação técnica integrada, reduzindo a oferta de vagas nesse nível de ensino. As poucas escolas que as mantiveram empobreceram seus currículos, mas a peneira continuava forte. Restava aos estudantes mais pobres sair do ensino médio direto para o mercado de trabalho, sem nenhuma qualificação, para ganhar salários baixos, até que pudessem investir na própria qualificação.
Outra opção era abrir mão do nível médio em prol de uma formação profissional básica, também com baixa remuneração. Como na época não existiam políticas afirmativas, apenas o mais favorecidos ingressavam no ensino superior. “Faltam estudos sobre o impacto da fragmentação do ensino técnico, mas observações mais atentas mostram um apagão de mão de obra nos anos seguintes. Faltaram desde trabalhadores com capacitação básica até de nível superior”, diz Almerico Biondi, que entre 2003 e 2007 chefiou o Departamento de Qualificação no Ministério do Trabalho e Emprego. “A desarticulação do ensino profissional com o ensino básico é ruim para a formação do trabalhador e para o Brasil. O fruto da baixa escolaridade é o trabalho precário, a sub-remuneração, as migrações, que não trazem benefícios para ninguém.”
Em 2004, mesmo com a pressão de setores ligados à educação privada no Congresso Nacional, foi aprovado o Decreto 5.154, que revogou o 2.208. O ensino técnico voltou a ser vinculado à educação básica, foi assegurado o cumprimento da formação geral e da preparação técnica, com ampliação da carga horária do curso. “O decreto do presidente Lula resgatou a integração, mas de maneira opcional. E nem todos os estados aderiram”, observa Silvia Elena de Lima, do Sinteps.
São Paulo não aderiu. E a rede estadual continuou com os conteúdos separados e dupla jornada escolar: num período o aluno cursa o ensino médio, com duração de três anos, e no outro período, o ensino técnico, que dura dois ou três semestres. De acordo com Silvia Elena, quando o técnico era ministrado juntamente com o ensino médio, o conteúdo profissionalizante era desenvolvido ao longo dos três anos de curso, e solidificado junto com os conteúdos de Português, Matemática, Física, Biologia e Química, e enriquecido com Literatura, Artes e Línguas. “Havia envolvimento do aluno, e sua formação era mais completa. Atualmente com dois ou três semestres, no máximo, o conteúdo é reduzido, o tempo de absorção é muito menor, e é muito mais difícil os alunos se envolverem no cotidiano da escola”, diz a sindicalista.
Priscila Gaspar, estudante de Logística na Escola Técnica Estadual Basilides de Godoy, da Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista, não se incomoda de estar o dia todo na escola. Pela manhã, cursa as disciplinas acadêmicas e à tarde, as profissionalizantes. “Quando eu estava para concluir o ensino fundamental numa escola particular, comecei a pensar num colégio que oferecesse ensino de qualidade pelo menos igual ao da antiga escola, que fosse perto de casa e gratuito”, diz Priscila. “Embora pertença ao Estado, é uma escola diferenciada. Não é como as demais estaduais.”
Em 2005, o governo federal começou a expansão da sua rede. Até o final deste ano, terá entregue um total de 214 escolas. Outras unidades foram federalizadas com a reorga-nização. No total, serão mais de 500 mil vagas até o final do ano. Segundo Eliezer Pacheco, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, há ainda acordo com o Senai e o Senac, que estão trazendo mais vagas de cursos técnicos e profissionalizantes a estudantes e trabalhadores de baixa renda. Dois terços dos recursos dessas entidades devem financiar a oferta gratuita dos cursos. O MEC transferiu recursos para as redes estaduais destinadas a construção, ampliação, reforma, compra de equipamentos e formação de professores na área de ciên¬cias.
As redes estaduais também têm investido. Em São Paulo, nos últimos dez anos, em parcerias com os municípios, foram entregues 41 unidades – hoje são 186 escolas técnicas, em 158 municípios. Mas os trabalhadores da rede estadual lamentam a falta de investimentos em pessoal e equipamentos. Na rede federal, os servidores dizem acompanhar de perto uma ampliação tão grande que esbarra em questões como atraso na entregas das obras ou equipamentos. “Mesmo acreditando que muitos dos problemas sejam frutos da fase de implantação e serão resolvidos, estamos atentos”, diz Ricardo Eugênio, coordenador nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe).
O debate das questões filosóficas e pedagógicas e a ampliação da rede técnica, no entanto, são insuficientes. “Buscamos também novos modelos de financiamento para garantir as atuais conquistas para que as gerações futuras não venham a sofrer retrocessos”, ressalta o reitor Cláudio Ricardo Gomes de Lima, do IFCE. O principal deles, segundo o educador cearense, é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24, que se encontra na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e prevê a criação de um fundo para a educação profissional.
Para o engenheiro mecânico Regivaldo Claudino de Souza, de São Paulo, o debate em torno do ensino técnico é fundamental. Com dois cursos profissionalizantes de nível médio no currículo – Mecânica e Eletrotécnica –, ele credita à formação técnica o acesso a melhores postos de trabalho e a salários que o permitiram viver bem enquanto estudava para obter o tão sonhado diploma de engenheiro. Atuando hoje no setor de assistência técnica de uma empresa multinacional, Regivaldo diz que a bolsa paga a estagiários técnicos que ele está recrutando é bem superior à media recebida por estagiários de nível superior. “Por essas e outras, já converso com meu filho sobre começar a formação profissional a partir de uma escola técnica.”
Tecnologia no campo

Em Água Doce, interior de Santa Catarina, está localizado o Centro Estadual de Educação Profissional Agrotécnico Prof. Jaldyr Behering da Silva. Nessa verdadeira fazenda, cerca de 200 estudantes recebem formação técnica em agropecuária. A maioria deles frequenta o curso integrado ao ensino médio regular. Quando concluírem o curso e o estágio, poderão ir para a universidade ou trabalhar em propriedades voltadas à produção agrícola e pecuária ou indústrias de processamento. “Já tivemos aluno que veio do Pará”, conta o professor Lindomar Menegati, hoje assessor de direção da unidade. Com um programa que inclui tecnologias para o aumento da produção de alimentos e ao mesmo tempo o respeito ao meio ambiente, além de parcerias com grandes empresas e entidades, o professor Lindomar sente falta apenas do acesso a equipamentos de última geração, como instrumentos usados na agricultura altamente mecanizada ou de precisão, que tem levado o Brasil ao topo da produção de alimentos.
http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/50/para-o-trabalho-e-para-a-vida/?searchterm=Almerico

domingo, 29 de agosto de 2010

Tem que ler pra saber


O jornal Correio de 27 de agosto publicou uma matéria sobre as propostas dos candidatos ao Governo do Estado da Bahia para a área da Cultura. Embora o espaço seja pequeno para um assunto tão complexo, dá pra ter uma idéia do que cada um deles está propondo para este setor tão estratégico. Clique para ampliar ou leia no www.correio24horas.com.br

Seminário de Economia da Dança em Salvador (BA)

A Rede Sulamericana de Dança (REDSD) e a Plataforma Internacional de Dança (PID) promovem, entre os dias 30 de agosto e 4 de setembro, o Seminário de Economia da Dança: fluxos colaborativos de gestão para a mobilidade na América Latina. Serão seis dias de atividades, de segunda a sábado, das 9 horas às 18h30, no Auditório Orlando Moscozo (SEBRAE – Dois de Julho), com entrada gratuita.

O evento contará com a presença de gestores culturais de todos os países de América do Sul, visando à colaboração na coordenação de ações e programas que beneficiem a mobilidade e a integração cultural na região em relação à linguagem da dança. A programação contempla palestras, mesas de trabalho e discussões em torno dos fluxos colaborativos na América Latina. O Seminário de Economia de Dança tem como principal apoiador a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

A REDSD e a PID são organizações que trabalham para o desenvolvimento da dança na América Latina. Esta iniciativa é parte das ações contínuas que o Programa de Mobilidade REDSD 2010-2012 organiza em função de identificar ações, projetos e políticas públicas de fomento ao diálogo e ao intercâmbio de trabalhos latino-americanos. A primeira discussão sobre este tema foi em 2008, durante o Festival Panorama de Dança no Rio de Janeiro, onde o Seminário que chegou à Bahia em 2009 foi então realizado.

A programação do Seminário de Economia da Dança será construída de forma colaborativa, buscando abordar os interesses das parcerias locais e regionais, com mesas-redondas, workshops de capacitação e grupos de trabalho que serão organizados a partir dos eixos “Ampliação da articulação e colaboração regional” e “Capacitação do setor”. A programação completa do Seminário de Economia da Dança você confere aqui: http://u.nu/34xve.

Além de expositores brasileiros como Leonardo Brant (editor do Cultura e Mercado), Gustavo Vidigal (MinC), Marcelo Bonés (Funarte), Lorena Pinto Coelho (SecultBA), Alexandre Molina (Funceb), nomes de referência na área da economia da dança da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Peru, Uruguai e Venezuela estarão presentes no evento. O seminário conta também com a participação de gestores de outros estados brasileiros (São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro) e 14 mobilizadores de dança do interior da Bahia, que participarão de uma capacitação para o desenvolvimento de ferramentas para o trabalho em rede, a ser realizada na Escola de Dança da Funceb.

A coordenação geral do Seminário de Economia da Dança fica a cargo de Lúcia Matos, membro do grupo gestor da Rede Sulamericana de Dança: “Acreditamos que a partir do diagnóstico das especificidades locais e das necessidades regionais neste Seminário, podemos construir metas e ações colaborativas que contribuirão para o desenvolvimento da Dança na América Latina”, afirma.

Sobre a Plataforma Internacional de Dança – PID

A Plataforma Internacional de Dança configura-se como um conjunto de ações e articulações voltadas para a classe de trabalhadores da dança, envolvidos no universo de suas construções contemporâneas. Pretende ser mais do que um evento anual onde se apresente uma vitrine de artistas, como um celeiro de trocas artísticas e metodológicas; a ideia é também, em 2010, passar a ser um espaço de oportunidades de intercâmbios e produção de conhecimentos acerca do que representa todo o labor da dança.

Um interesse direcionado na ampliação de conhecimentos e trocas, criação de redes de contatos e capacitação profissional demanda continuidade e fluxos colaborativos – tema transversal da PID em 2010-11, revelando assim a diretriz política desse projeto e fundamentando todas as escolhas e ações. Esta plataforma está planejando um calendário de 15 meses, onde acontecerão diversos eventos, encontros, capacitações e ações que somam à realidade baiana um universo de opções para desenvolver estratégias, pensamentos e ações que aportam, a este campo, uma visibilidade frente ao resto do país e da América Latina.

Sobre a Rede Sulamericana de Dança – REDSD

A Rede Sulamericana de Dança é uma iniciativa de integração e colaboração entre diversos atores da dança e da cultura pertencentes aos países da América do Sul, com projeção na América Central, México, Caribe e articulação com outras redes, estando estruturada como uma rede social ativa, que promove o protagonismo de seus membros. Criada em 2000, a REDSD tem organizado, impulsionado e colaborado em mais de uma centena de atividades de intercâmbio, informação e capacitação na região, relacionando interesses e temáticas como arte e transformação social, tecnologias de comunicação, formação, criação, produção e circulação da dança.

Em 2009, a Rede Sulamericana de Dança, em associação com a revista eletrônica Idança, lançou a plataforma interativa www.movimiento.org, primeira rede social de dança e cultura contemporânea em língua espanhola e portuguesa. Essa plataforma dedicada à dança e ao pensamento sobre dança oferece a possibilidade de compartilhar trabalho, ideias, investigação e gerar oportunidades para projetos. Entre as atividades mais recentes da rede, os destaques ficam para o Projeto Diálogos, realizado em mais de cinco países; as cinco edições do Encontro de Criadores Latino-Americanos de Dança Contemporânea (México, Venezuela, Peru, Uruguai e Argentina); e as oito edições dos encontros presenciais da RSD, tendo sido a edição de 2009 realizada na Bahia.

Serviço:
Seminário de Economia da Dança: fluxos colaborativos de gestão para a mobilidade na América Latina
Quando: 30/8 a 4/9, 9h às 18h30
Local: Auditório Orlando Moscozo (SEBRAE): Rua Horácio César, 64, 8º andar – Dois de Julho. Salvador – BA
Quanto: Grátis

Concurso para obras inéditas está com inscrições abertas

Escritores brasileiros e de países africanos de língua portuguesa podem inscrever livros para a quarta edição do concurso Literatura para Todos que, neste ano, vai distribuir R$ 90 mil às nove melhores obras. As inscrições começam nesta sexta-feira, 27, e se estendem até 13 de outubro.

Para concorrer, os autores devem apresentar livros inéditos, dirigidos a neoleitores jovens, adultos e idosos em processo de alfabetização e matriculados em turmas de educação de jovens e adultos nas redes públicas da educação básica. Conforme o edital do concurso, as obras literárias devem ter narrativa atraente, favorecer o envolvimento afetivo e apresentar uma leitura do mundo.

Reafirmar o valor da leitura e da palavra escrita e contribuir para a formação de uma comunidade leitora, capaz de compreender a função de ser e estar no mundo, além dos modos de produção social e cultural, são objetivos desta iniciativa do Ministério da Educação. Estreitar laços culturais com os países africanos de língua portuguesa é outra finalidade.

A quarta edição vai selecionar duas obras dos gêneros: prosa (conto, novela ou crônica), poesia, texto da tradição oral (em prosa ou em verso); e uma obra de perfil biográfico e dramaturgia. Os concorrentes dos países africanos – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe – podem escolher uma das cinco modalidades.

As inscrições de autores brasileiros e africanos serão feitas com o envio dos originais. No Brasil, o livro deve ser enviado para o endereço: IV Concurso Literatura para Todos – Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, Bloco L, sala 209. CEP 70047-900 – Brasília – DF. Os africanos encaminham as obras para as embaixadas do Brasil em seus países.

Cada autor pode participar com um trabalho inédito, mas é admitida a co-autoria. Os originais devem ser apresentados em CD e em seis cópias impressas, em envelope único, lacrado e com pseudônimo. Está vedada a participação de servidores vinculados ao Ministério da Educação e de seus parentes. Professores das instituições federais, estaduais, confessionais e comunitárias de educação superior podem concorrer.

A página eletrônica da Secretaria de Educação Continuada, alfabetização e Diversidade (Secad) traz o Edital nº 5/2010 do Literatura para Todos.

Concurso - Criado em 2006, o concurso Literatura para Todos já selecionou 30 títulos nas edições de 2006 (dez livros), de 2007/2008 (nove, incluindo um livro que recebeu menção honrosa) e de 2009 (nove, incluindo uma menção honrosa. Desde 2008, a coleção integra o Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE) do Ministério da Educação.

Ionice Lorenzoni

Confira a relação das obras premiadas em todas as edições do concurso.

Palavras-chave: Literatura para Todos, Educação de jovens e adultos

domingo, 22 de agosto de 2010

Bahia sedia o mais importante encontro de Arte Rupestre da sua história

Originária de bacia sedimentar com 1,6 bilhão de anos, soerguida em camadas de arenitos, conglomerados e calcários, totalizando 38 mil quilômetros de serras, algumas com mais de mil metros de altura acima do nível do mar, a Chapada Diamantina (BA), considerada uma das mais ricas regiões do Brasil em cavernas, pinturas rupestres, fósseis vegetais e animais, entre outros vestígios arqueológicos, recebe a partir desta segunda-feira, dia 23 de agosto (2010) até dia 25 (quarta-feira), o mais importante evento internacional de Arte Rupestre já realizado no estado da Bahia.

O encontro internacional, que acontece no auditório Afrânio Peixoto da Fundação Pedro Calmon e no hotel Portal de Lençóis, ambos na cidade de Lençóis, Chapada Diamantina, é uma realização da Universidade Federal da Bahia (Ufba) com apoio do Governo da Estado da Bahia, através do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) e secretaria estadual de Cultura (SecultBA), estando a organização geral à cargo do Grupo de Pesquisa Bahia Arqueológica – Ufba/CNPQ e Instituto Julio Cesar Mello de Oliveira. Também apóiam o evento a Prefeitura Municipal de Lençóis através da sua secretaria de Cultura e Turismo, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Fundação Pedro Calmon e agência Volta ao Parque.

Tendo como temática principal “Os múltiplos olhares sobre a arte rupestre”, o encontro reúne, simultaneamente, o 5º Seminário de Arte Rupestre da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a 3ª Reunião da Associação Brasileira de Arte Rupestre (Abar), tendo como um dos expoentes a presença da mundialmente reconhecida arqueóloga brasileira Niède Guidon. >> Leia a íntegra

http://www.bancocultural.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6209&Itemid=418

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

I Encontro de Moda e Cultura da Bahia

Evento pretende mostrar que a moda produzida no estado é uma importante forma de expressão cultural. Encontro deve reunir cerca de 150 participantes, entre designers, artesãos de moda, jornalistas, professores, pesquisadores, estudantes, lojistas, empresários e produtores de moda do estado
Dias 27 e 28 de agosto, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na Avenida Carlos Gomes, no centro antigo de Salvador
O professor da UNEB Marcos Bokapiu vai participar da mesa-redonda Diálogos: Moda, Arte e Identidade Cultural, no dia 27
Programação
Inscrições gratuitas
Apoio: Ministério da Cultura, Secult, a TV Educativa (TVE) e outras empresas e instituições
Patrocínio: Sebrae
Informações: Tel. (71) 3014-1209 e e-mail modaeculturabahia@gmail.com.
Realização: Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindvest)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Inscrições para Prêmio Técnico Empreendedor 2010 até 31 de agosto

Estão abertas até o próximo dia 31, as inscrições para o Prêmio Técnico Empreendedor desenvolvido em parceria pelo Ministério da Educação, Ministério da Agricultura e o Sebrae. O prêmio tem o objetivo de estimular e despertar o espírito empreendedor dos/as estudantes de cursos técnicos e tecnológicos. Premia os projetos que reúnem as melhores idéias de negócios e que possam contribuir para o desenvolvimento socioeconômico de suas comunidades. Se você é um/a estudante empreendedor, monte sua equipe, escolha seu professor-orientador e participe. Além do reconhecimento, você e seus colegas concorrem a prêmios de até R$ 10.000,00.
Categorias e Temas de Premiação:Categorias: Técnico e TecnólogoTemas:• Livre: Projetos com ações voltadas para o desenvolvimento sócio econômico local.• Inclusão Social: Projetos voltados para pessoas, grupos ou comunidades específicas, arranjos produtivos locais ou minorias, objetivando sua inserção social, profissional ou econômica, gerando trabalho ou renda.
• Cooperativismo: Projetos inovadores que proporcionem sua viabilização por meio de cooperativas, ou que atendam suas reais necessidades, e que visem a organização, a gestão, a expansão e o fortalecimento de cooperativas já existentes e do cooperativismo geral.No Prêmio Técnico Empreendedor todos ganham: quem participa e quem apóia.Etapas de Premiação:
• Etapa Regional:Serão premiados os 3 melhores projetos de cada tema por categoria, por região,que receberão:- R$ 2.000,00;- Certificado de reconhecimento pela classificação;Obs: o prêmio deverá ser rateado igualmente pelos membros da equipe e professor orientador.• Etapa Nacional:Serão premiados os 3 projetos de cada tema por categoria que obtiverem as melhorespontuações.

Para mais informações acesse:

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Retorno ás aulas

Sejam Bem – vindos ao retorno de mais um semestre.

'' ... O tempo é algo que não volta atrás.Por isso plante seu jardim e decore sua alma,Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores ... ''

William Shakespeare

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

smart card

Um direito garantido aos estudantes,não está sendo respeitado pelos orgãos competentes, pois um semestre se passou e os estudantes do CEEP permanecem sem poder utilizar o direito a meia passagem.Será que não somos estudantes?E o que somos afinal?